CONTRADIÇÕES DA BÍBLIA


*********** (ATUALIZADO EM 04/04/2010)*************
(ATENÇÃO: Este post ficará em constante atualização)

Estes estudos não têm por objetivo destruir a fé de nenhum crente, mas visam tão somente esclarecer fatos contraditórios encontrados ESCONDIDOS na Bíblia; e visa, também, tirar o véu da fé cega de muitos crentes e estudantes da teologia tradicional, que não procuram se aprofundar nas pesquisas do texto bíblico e acreditam sem questionar em tudo aquilo que outros escritores e teólogos ditaram como verdades inquestionáveis. 

Não pretendo fazer um estudo bem aprofundado, visto que não disponho de material suficiente para pesquisas e comparações com outros autores. O que quero fazer é apresentar um ponto de vista mais coerente e isento de preconceitos e de lavagem cerebral. Não devemos beber da água sem antes conhecer a fonte; também não devemos engolir qualquer vento de doutrina sem antes conhecer o tipo de religiosidade que a fundamentou. 

Quem quiser apreciar o que escrevo, que aprecie e tire bom proveito. Ainda bem que a Internet é um ambiente bem democrático, pois podemos publicar o que pensamos. Chega desses “ditadores” dessa teologia arcaica, limitada e preconceituosa que infesta a Internet! Chega desse fanatismo doido dos cristãos, que com suas atitudes chegam a admitir que é mais fácil provar a inspiração da Bíblia que provar a existência de Deus.

Peço que não me procurem para aconselhamento congregacional ou espiritual. Para este serviço indico os pastores: 

1) Ciro Zibordi (http://cirozibordi.blogspot.com/),

2) Altair Germano (http://www.altairgermano.com/),

3) Artur Eduardo (http://artureduardo.blogspot.com/)

4) e até mesmo o Caio Fábio (http://www.caiofabiofilho.com.br/2009/). 

Escrevo numa linguagem bastante simples, pois meu público-alvo são os crentes leigos, estudantes neófitos e a todos os entorpecidos pela teologia tradicional.

O QUE ME MOTIVOU

O que me levou a fazer estes estudos foi muitos sites e artigos publicados na Internet, que mostram que a Bíblia não é inspirada, que se contradiz e que não foi um livro enviado por Deus para a humanidade. Alguns dos sites são estes:

1) http://ceticismo.net/;

2) http://ateus.net/;

3) http://multiplosuniversos.com.br/site/archives/contradicoes-da-biblia-contradicao-n%c2%ba-39;

4) http://www.midiaindependente.org/pt/red/2005/10/332447.shtml;

5) http://www.umtudo.com/as-contradicoes-da-biblia/;

6) http://pt.shvoong.com/books/402187-contradi%C3%A7%C3%B5es-da-b%C3%ADblia/.

7) http://extestemunhasdejeova.net/forum/viewtopic.php?f=20&t=3522&st=0&sk=t&sd=a (Ex-Testemunhas de Jeová)

8] http://www.islamreligion.com/pt/videos/584/ 

Isso tudo além de várias comunidades no Orkut, onde os internautas zombam dos supostos mitos bíblicos e ridicularizam os erros e contradições da Bíblia.

E para piorar, alguns sites evangélicos rebatem os críticos e as críticas contra a Bíblia, mas não têm embasamento sólido nas afirmações a favor, e não conseguem desmentir os acusadores. A doutrina da Sola Scriptura (dos evangélicos) cai por terra, porque os defensores tradicionais da Bíblia se limitam a pesquisar entre as duas capas e desprezam o testemunho da tradição oral. O resto acredita-se pela fé cega. 

Se não houvesse o testemunho da tradição oral, muitos livros do antigo testamento não existiam, pois os fatos narrados foram escritos muito tempo depois de terem acontecidos e morrido as testemunhas oculares. Até mesmo a história de Jesus foi escrita anos depois de sua morte e ressurreição. Lucas leu o evangelho de Marcos, mas teve que fazer suas próprias inquirições para se certificar de que a história de Cristo era verdadeira. Para isso, inquiriu as testemunhas oculares. E se as testemunhas oculares tivessem morrido, teria que consultar a tradição oral da história de Cristo. 

MINHA OPINIÃO DESAFIADORA 

O que acho é que temos que ser sinceros e admitir que existem, realmente, alguns erros e contradições em alguns livros da Bíblia. Não adianta querer tapar o sol com a peneira.

Pessoalmente, acredito que a Bíblia toda não é 100% a Palavra de Deus, mas que ela contém a Palavra de Deus, a mensagem de Deus para a humanidade. E creio que dentro dela existe um grupo seleto de livros realmente inspirados 100% pelo Espírito Santo. 

Agora, essa de dizer que todos os livros da Bíblia (tanto da versão católica como da dos protestantes) foram totalmente inspirados por Deus, aí é demais tolice. Pois, tomar o que Paulo disse em II Tim. 3:16 e outras referências correlatas de escritores das epístolas do Novo Testamento, para justificar a inspiração dos próprios livros, é contraditório. Os escritos do Novo Testamento podem testificar sobre os escritos do Antigo Testamento. Mas o Antigo testificar do Novo, não procede. Além do mais, o testemunho da Bíblia a favor dela mesma, como ensina a doutrina da Sola Scriptura, também não é suficientemente válido. Pois, sabemos que não é verdadeiro aquele que dá testemunho de si mesmo. Então, é necessário existir outros escritos “de fora” para corroborar a autenticidade dos fatos bíblicos. E realmente existem. O problema é deixar de lado a doutrina da Sola Scriptura. 

Quando Paulo disse a Timóteo (II Tim. 3:16) que toda a Escritura era inspirada, ele se referia às Escrituras do Antigo Testamento, a Tanach dos judeus. No tempo que Paulo escreveu suas epístolas nem mesmo os quatro evangelhos haviam sido escritos. 

Existem questionamentos de alguns eruditos quanto a real tradução do texto de II Tim. 3:16. Vou citar as quatro maneiras que pode ser traduzido o texto: 

“Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça”. (Texto da Bíblia, versão revisada da tradução de João F. de Almeida, de acordo com os melhores textos em hebraico e grego). 

“Toda a Escritura, divinamente inspirada, é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça”. (Texto da Bíblia, versão corrigida, de João F. de Almeida). 

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ensinar, para repreender, para endireitar as coisas, para disciplinar em justiça” (Versão Novo Mundo das Escrituras Sagradas – Sociedade Torre de Vigia).

“Toda Escritura, que consideramos divinamente inspirada, é proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça”. (Paráfrase feita por mim). 

Observe na segunda citação que os eruditos supostamente “corrigiram” a tradução de J. F. de Almeida, e acabaram dificultando ainda mais o texto, pois diz: “Toda a Escritura, divinamente inspirada, é proveitosa”. Significa que só é proveitosa a escritura que for divinamente inspirada. Denota-se isso pelo aposto “divinamente inspirada”. 

 Veja que na primeira citação o verbo (é) vem antes do advérbio (divinamente), e não existe aposto. Os eruditos traduziram assim, de forma a justificar completamente a inspiração de toda a Bíblia, pois diz: “Toda Escritura é divinamente inspirada”. Ora, essa generalização não condiz, porque existem muitas escrituras religiosas de outros povos. 

Existe, porém, uma justificativa de alguns autores (tendenciosos, é claro), de que a palavra ESCRITURA a qual Paulo se referia, era a Tanash ou a Toráh dos judeus (hebreus) e que ela deve ser escrita com letra maiúscula. Pode ser…, mas, quanto a ser escrita com letra maiúscula, não é verdade, pois no hebraico não existe questão de letra maiúscula ou minúscula; só existe um padrão de letra no hebraico e no grego. 

E tem mais outro problema. No Novo Testamento está cheio de citações apócrifas (de livros ditos apócrifos). Paulo mesmo fez citações apócrifas nas suas epístolas. Logo, será que ao se referir a Escritura divinamente inspirada, não se referia também aos apócrifos? Lembre-se que naquela época o termo “apócrifo” não existia e nem era usado para cunhar os livros não-inspirados. Sabe-se que existiam os “livros proibidos”, isto é, livros reservados apenas para leitura dos escribas e sacerdotes. Leigo não podia ler os tais livros. O termo “apócrifo” foi criado por Jerônimo, no século V, que traduziu a Bíblia Vulgata. 

Em nenhum livro da Bíblia está determinado a quantidade de livros que deveriam ser considerados parte integrante da mesma. Se 66 ou 73 livros, isto não está determinado. Se tem menos ou mais livros do que deveria ter, então isso não constitui um erro? Por isso os rabinos judeus se reuniram em Jâmnia, no ano 92 d. C., para determinar de uma vez por todas quais seriam os livros que comporiam a Tanach, haja vista estarem surgindo na época um monte de literatura considerada inspirada. Nesse concílio de Jâmnia os judeus rejeitaram os evangelhos e as epístolas de Paulo e as dos outros apóstolos; rejeitaram, também, os livros apócrifos inseridos na Bíblia Grega chamada de Septuaginta (Antigo Testamento Alexandrino).  

Os rabinos judeus agiram com estrema cautela no Sínodo de Jâmnia para determinar os livros canônicos.  

Uma fonte diz que “no final do século I da era Cristã, os rabinos Judeus reuniram-se no Sínodo de Jâmnia, ao sul da Palestina, afim de estabelecer as regras que caracterizariam os livros sagrados (inspirados por Deus). Foram estipulados os seguintes critérios:

1) O livro sagrado não pode ter sido escrito fora das terras de Israel. 

2) Não em língua aramaica ou grega, mas somente em hebraico.

3) Não depois de Esdras (458-428 a.C). 

4) Não em contradição com a Tora ou a Lei de Moisés. 

Perceba que quando os judeus criaram essas regras, eles não tinham como objetivo discernir que livros eram inspirados ou não. A atitude dos judeus era unicamente preservar seu povo de interferências de outros povos e de outras doutrinas. Recorde-se que até hoje os judeus não consideram o Novo Testamento; apenas o Antigo. A intenção deles era eliminar tudo o que dizia que Jesus é o Messias. Porém, com essas medidas, alguns livros também da época do Antigo Testamento foram eliminados.

Porém, duzentos anos antes, em Alexandria no Egito, havia uma forte colônia de judeus. Nela havia 70 sábios que traduziram os livros do Antigo Testamento para o grego. Essa tradução foi feita entre 250 a 100 a.C., ou seja, antes do Concílio de Jâmnia. A tradução grega, foi conhecida como Septuaginta ou versão dos 70. 

Então observe que naquele tempo havia dois “Cânons”. Um formulado pelos Judeus preocupados com a política e sociedade. Outro formulado pelos judeus que habitavam no Egito.

E agora? Qual é a versão correta?” 

Se os evangélicos acham que os rabinos judeus não tinham autoridade para determinar a quantidade de livros sagrados e inspirados, e nem os padres católicos tinham poder para determinar a quantidade de livros do Novo e Antigo Testamento, quem eles pensam que tem autoridade para fazê-lo? Eles mesmos? Muito bonito isso, não?! Na verdade, cada segmento religioso fez do seu jeito, não acham? Sintetizando,  livros que deveriam estar na Bíblia, não estão e livros que não deveriam estar na Bíblia, estão. 

Se Lutero tivesse autoridade, sozinho, de designar quais livros deveriam compor o Cânon do Novo Testamento, por certo, ficariam de fora a Epístola aos Hebreus, o Livro de Apocalipse e, principalmente, a Epístola de Tiago, que cunhou de “epistola de palha”, pois contrariava a doutrina que mais defendia: a salvação unicamente pela fé. 

Por ai se vê que todo fundador de um segmento religioso cristão sempre tende a ignorar ou expurgar da Bíblia aqueles livros que não lhe interessam ou que atrapalham a compreensão das doutrinas que pregam. Os líderes da seita Testemunhas de Jeová também traduziram a Bíblia de acordo com os seus interesses, de forma que não houvesse contradição para as suas doutrinas. 

Em breve surgirá a bíblia, versão da Igreja dos Homossexuais. Por certo, arrancarão ou alterarão os textos que condenam as suas práticas pecaminosas.

OS LIVROS APÓCRIFOS

Uma fonte diz que “os Reformadores protestantes publicaram a Bíblia com os apócrifos, colocando-os entre o Antigo e Novo Testamentos, não como livros inspirados, mas bons para a leitura e de valor literário histórico. Isto continuou até 1629. A famosa versão inglesa King James (Versão do Rei Tiago) de 1611 ainda os trouxe. Porém, após 1629 as igrejas reformadas excluíram totalmente os apócrifos das suas edições da Bíblia, e, “induziram a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, sob pressão do puritanismo escocês, a declarar que não editaria Bíblias que tivessem os apócrifos, e de não colaborar com outras sociedades que incluíssem esses livros em suas edições”.

Eis um texto sobre os apócrifos:

Os Apócrifos do Novo Testamento, também chamados de “evangelhos apócrifos”, são uma coletânea de textos anônimos, escritos nos primeiros séculos do cristianismo (depois do século II, provavelmente), não reconhecidos pelo cristianismo ortodoxo e por isso não incluídos na Bíblia. A eles opõem-se, naturalmente, os textos “canônicos”, i.e., oficialmente considerados “autênticos” e incluídos no Novo Testamento. A primeira separação entre os textos data de 325 d.C. e foi determinada pelo Primeiro Concílio de Nicéia, convocado pelo imperador romano Constantino I, que havia aderido ao cristianismo; a separação atual foi imposta pelo Concílio de Trento, convocado pelo Papa Paulo III, representante máximo da Igreja Católica, realizado de 1545 a 1563.

O termo “apócrifos” vem do grego ἀπόκρυφα e significa, justamente, “coisas escondidas”. A partir do Concílio de Trento, a palavra “apócrifo” adquiriu conotação eminentemente negativa e se tornou sinônima de “espúrio” ou “falso” – e há, também, textos apócrifos do Velho Testamento, interessantes para os estudiosos da Bíblia, mas não para os estudiosos do grego antigo.

É notável, no entanto, que entre os diversos ramos do cristianismo há controvérsias a respeito de quais são, efetivamente, os textos apócrifos. A Igreja Ortodoxa da Etiópia, por exemplo, considera autêntico o Pastor de Hermas (séc. II) e a Peshitta, bíblia da Igreja Siríaca, utilizada por muitas Igrejas da Síria, não inclui o Apocalipse de João.

(Fonte: http://greciantiga.org/arquivo.asp?num=0728

Os teólogos tradicionais afirmam que as profecias de Deus cessaram cerca de 400 anos a. C. E só retornaram no tempo do Novo Testamento, com Zacarias, Simeão, Izabel, Maria, João Batista e Jesus. (Ver Ezequiel 12:21-28).

O Cânon da Bíblia não devia ter sido fechado definitivamente, pois, Jesus prometeu o Consolador (Espírito Santo) para revelar, consolar e convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo. E é claro que o Espírito Santo não foi dado até que o apóstolo João escrevesse o Apocalipse, no ano 96 d. C.

Fique certo que ainda pode haver revelação escrita da parte de Deus. Mas ninguém dará valor, porque os teólogos já deram por encerrado o Cânon bíblico e não pode mais ser alterado. 

LISTA DOS PRINCIPAIS LIVROS APÓCRIFOS 

O número dos livros apócrifos é maior que o da Bíblia canônica. É “possível” contabilizar mais de 100 deles, mais de 50 em relação ao Antigo Testamento e mais de 60 em relação ao Novo. A tradição conservou outras listas dos livros apócrifos, nas quais constam um número maior ou menor de livros. A seguir, alguns desses escritos segundo suas categorias.

1) Evangelhos: de Maria Madalena, de Tomé, de Filipe, Árabe da Infância de Jesus, do Pseudo-Tomé, de Tiago, Morte e Assunção de Maria, de Judas Iscariotes;

2) Atos: de Pedro, Paulo e Tecla, Dos doze Apóstolos, de Pilatos;

3) Epístolas: de Pilatos a Herodes, de Pilatos a Tibério, dos Apóstolos, de Pedro a Filipe, Paulo aos Laodicenses, Terceira Epístola aos Coríntios, de Aristeu, de Barnabé;

4) Apocalipses: de Tiago, de João, de Estevão, de Pedro, de Elias, de Esdras, de Baruque (grego), de Baruc (Siríaco), de Sofonias;

5) Testamentos: de Abraão, de Isaac, de Jacó, dos 12 Patriarcas, de Moisés, de Salomão, de Jó;

6) Outros 1: A filha de Pedro, Descida de Cristo aos Infernos, Declaração de José de Arimatéia, Vida de Adão e Eva, 1,2 e 3 Enoch ou Henoque, Salmos de Salomão, As Odes de Salomão, Oráculos Sibilinos, A Assunção de Moisés, A Ascensão de Isaias, Livro dos Jubileus, Os Segredos de Enoque, Manuscrito de Lameque, Livro de Melquisedeque, III e IV Esdras, III e IV Livros de Macabeus, etc. Fora os que estão escondidos na Biblioteca do Vaticano.

(FONTE: Wikipédia e Dicionário Bíblico – site Vivos http://www.vivos.com.br/197.htm

APÓCRIFOS NO NOVO TESTAMENTO 

Muitos crentes e estudantes neófitos da Bíblia não sabem que existem livros no Novo Testamento, que outrora foram considerados apócrifos. São eles: Epístola aos Hebreus, Epístola de Tiago, II Epístola de Pedro, II e III Epístolas de João, Epístola de Judas e o Apocalipse e mais alguns acréscimos nos Evangelhos. O livro de Apocalipse foi o último a ser inserido no Cânon do Novo Testamento concluído definitivamente no Concílio de Catargo, em 397 d. C.

Veja o que diz certo autor sobre o Livro de Apocalipse: 

Influência da mitologia pagã e do judaísmo no Apocalipse 

A leitura do apocalipse, principalmente a partir do quarto capítulo, revela uma linguagem bem diferente da que encontramos nos outros livros do Novo Testamento. 

Nomeadamente a descrição dos seres com várias cabeças e vários chifres e asas, parece mais uma descrição da mitologia grega, romana ou egípcia do que um livro da Bíblia, muito menos do Novo Testamento. (4:7-8, 9:7-10, 9:17, 11:7, 12:3-4, 13:1-2, 13:11, 17:3). 

De acordo com uma interpretação fundamentalista (que não é a minha posição), em Gênesis 2:19-20, Adão deu nome a todos os animais criados por Deus. Portanto, esses seres mencionados no Apocalipse, ou são produto da imaginação do escritor ou não existem, pois só Deus tem poder para os criar.

Em Apocalipse 10:10-11 vejo influência da mitologia grega que utilizava alucinantes nos seus oráculos. 

Em Apocalipse 11:2 há forte influência judaica com a idéia veterotestamentária dos lugares separados para os gentios e os privilégios para os judeus. 

Em Apocalipse 13:16 há referência a pessoas livres e escravos. Será que a antiga condição de escravo prevista na lei de Moisés vai voltar a estar em vigor? 

Bem sei os significados simbólicos que dão a estas passagens. Mas com essa fértil imaginação sem boa base bíblica neotestamentária, tudo se pode provar e explicar, quer seja o Apocalipse de João ou os outros apocalipses que não foram incluídos no cânon. 

Não é preciso ser um grande teólogo para notar a diferença no estilo literário do Apocalipse de João em relação a todos os outros livros neotestamentários. 

Quem quiser, que acredite nos apocalipses, ou então, que seja fiel à decisão do Concílio de Cartago e ao Papa Bonifácio, aceitando somente o Apocalipse de João, e não o Apocalipse de Pedro nem o Apocalipse de Paulo, que possivelmente rejeitam, sem nunca os terem lido, por simples questão de fidelidade a uma decisão do Papa. Eu prefiro ficar só com os evangelhos e epístolas, como era no primitivo cristianismo.

Por essas e outras razões disse que o Apocalipse é um livro de linguagem esotérica, isto é, livro com o conhecimento velado através dos símbolos.

Na Biblioteca do Vaticano tem uma sala secreta contendo todos os livros apócrifos que a Igreja até hoje esconde dos cristãos. Existem livros que os Papas se apossaram e esconderam a sete chaves. Mas existem outras centenas de escritos religiosos de pseudo-autores que circulam pela Internet. Por exemplo, já ouviu falar do Livro Secreto de Tiago? 

A SACRALIZAÇÃO DE OBJETOS DE CULTO 

É costume dos povos antigos, pagãos e nativos sacralizar objetos de culto, monumentos, escritos antigos e elementos da natureza. 

Os nativos costumam chamar de sagrado algumas árvores, objetos de rituais e locais especialmente preparados para os seus cultos. 

Povos antigos chamam de sagrado alguns rios, como por exemplo, o Rio Ganges, na Índia; chamam de sagrado alguns animais, com o rato, o macaco, a vaca (na índia), o elefante, etc; chamam as montanhas de sagrada, como por exemplo, o Monte Orebe, o Monte Olimpo, Monte Moriá, Montanhas Sagradas da China, do Tibet (cultuadas pelos taoístas e budistas), etc. 

Os indianos chamam de sagrados alguns de seus escritos religiosos (Bagva Gita ou Bhagavad Gita). Especificamente, os hindus consideram sagrados os Upanishads e o Mahabharata. Os muçulmanos (islâmicos) chamam de sagrado e inspirado o seu mais precioso livro religioso, o Al-Corão ou Corão. Os judeus chamam a Toráh e a Tanach de sagrada. Os Mórmons consideram inspirados e sagrados os escritos que compõem o Livro de Mórmon. E por fim, os católicos e protestantes chamam toda a Bíblia de sagrada. E por aí vai…

Até imagens de ídolos, que surgiram de repente, foram agraciadas como sagradas. Eis aí a Aparecida, padroeira do Brasil. 

Muitos livros que são tachados hoje como “sagrados”, só se tornaram sagrados depois de séculos de existência. 

Alguns livros da Bíblia no princípio de suas aparições não eram considerados sagrados. Porém, o tempo fez com que os mesmo fossem considerados sagrados, já que sempre estiveram ao lado dos demais livros sagrados. 

Da mesma forma, os livros escritos pela fundadora do adventismo, Ellen White, um dia serão considerados sagrados pelos seguidores dessa seita (se já não os são considerados). Alguns livros são: “O Grande Conflito” e “O Desejado de Todas as Nações”. Os escritos de Allan Kardec, pai do espiritismo, também serão considerados sagrados pelos seguidores da seita. Alguns livros são: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e “O Livro dos Espíritos”. É apenas questão de tempo para esses livros se tornaram sagrados e inspirados.

A HERMENÊUTICA 

A hermenêutica é uma ciência filosófica e não surgiu concomitantemente com a teologia. Na verdade, hermenêutica é uma ciência filosófica sobre interpretações de textos literários e religiosos. O radical da palavra parece ter uma conotação com o nome do mais famoso ocultista: Hermes. 

Veja o que nos diz a nossa famosa Wikipédia:

O termo “hermenêutica” provém do verbo grego “hermēneuein” e significa “declarar”, “anunciar”, “interpretar”, “esclarecer” e, por último, “traduzir”. Significa que alguma coisa é “tornada compreensível” ou “levada à compreensão”.

Alguns defendem que o termo deriva do nome do deus da mitologia grega Hermes. O certo é que este termo originalmente exprimia a compreensão e a exposição de uma sentença “dos deuses”, a qual precisa de uma interpretação para ser apreendida corretamente.

Encontra-se desde os séculos XVII e XVIII o uso do termo no sentido de uma interpretação correta e objetiva da Bíblia. Spinoza é um dos precursores da hermenêutica bíblica.

Outros dizem que o termo “hermenêutica” deriva do grego “ermēneutikē” que significa “ciência”, “técnica” que tem por objeto a interpretação de textos poéticos ou religiosos, especialmente da Ilíada e da “Odisséia”; “interpretação” do sentido das palavras dos textos; “teoria”, ciência voltada à interpretação dos signos e de seu valor simbólico.

Hermes é tido como patrono da hermenêutica por ser considerado patrono da comunicação e do entendimento humano.

A hermenêutica bíblica mais usual determina algumas regras fundamentais para se fazer interpretação dos textos sagrados.

A regra áurea da hermenêutica bíblica é: “A Bíblia interpreta a própria Bíblia”. Esta é a regra principal. Porém, parece que alguns teólogos – que ensinam a doutrina da Sola Scriptura – a tomam como única regra.

Devemos entender, antes de tudo, que essas regras foram criadas pelos homens. Não existe nenhum ensino na Bíblia sobre como se devem interpretar os escritos sagrados. São apenas regras convencionadas pelos teólogos.

A regra áurea tem algumas implicações. Por exemplo, quando os seminaristas não encontram justificativas para as contradições bíblicas, os mestres simplesmente colocam o caso em aberto, ou seja,  nunca dão por encerrado os casos polêmicos até que encontrem uma justificativa plausível. E assim vão enrolando… Muitos casos polêmicos da Bíblia nunca são resolvidos. Mas os mestres dão um jeitinho de enganar os seminaristas. Então eles propõem uma possível solução para o caso, fazendo com que o estudante jamais acredite que exista contradição na Bíblia. Apelam para interpretações mirabolantes com intuito de justificar os casos mais difíceis. Em último caso, afirmam que, apesar dessas dificuldades, toda a Bíblia é inspirada, e que Deus ainda dará uma resposta satisfatória para os casos não resolvidos.

As principais desculpas para os aparentes erros e contradições da Bíblia são: 1) Os copistas (escribas) – que fizeram a cópia dos originais – falharam na compilação, ou se confundiram; 2) Os tradutores falharam ao traduzir os textos para outros idiomas; 3) Os próprios autores bíblicos eram humanos e, portanto, sujeitos à imperfeição.

Fico pensando se o Espírito de Deus é menos preciso que os espíritos que acompanharam o famoso espírita Chico Xavier, que sozinho psicografou mais de 400 livros!

Há alguns fanáticos que acreditam 100% na inspiração verbal da Bíblia, letra por letra, palavra por palavra. Mas isso é grande tolice. E ainda outros afirmam que os textos bíblicos originais tinham inspiração verbal, mas, que depois de feitas as cópias, os textos perderam a inspiração verbal.

Outros fanáticos vão mais além. Acreditam, eles, que até a divisão da Bíblia em capítulos e versículos têm inspiração divina. Ora, não dizem os teólogos que a inspiração de Deus cessou no final do século I da Era Cristã, com o livro do Apocalipse? Como sabemos, a divisão da Bíblia em capítulos foi feita em 1250 d.C., por Hugo de Sanoto-Caro, abade dominicano e estudioso das escrituras; a divisão do Antigo Testamento em versículos foi feita em 1.445 pelo rabino Mardoqueu Natã, e a do  Novo Testamento em 1551, por Robert Stevens, um impressor de Paris. A primeira Bíblia a ser publicada incluindo integralmente a divisão de capítulos e versículos foi a Bíblia de Genebra, lançada em 1560, na Suíça.

O que sei é que os únicos escritos que continham 100% inspiração verbal foram os Dez Mandamentos, escritos em tábuas de pedra pelo dedo de Deus, e que foram entregues a Moisés. Porém, o mesmo destruiu as tábuas da Lei escritas pela mão de Deus, lançando-as no chão.

Portanto, não acredito na inspiração verbal de todos os livros da Bíblia. Creio, sim, que alguns livros, principalmente os proféticos, têm inspiração verbal, mas somente na língua original em que foram escritos. Quanto aos demais livros, acredito eu que tenham uma inspiração não diretamente verbal. Acredito que os salmos, as epistolas apostólicas, os textos poéticos e históricos, e os evangelhos encerram mensagens divinas e instruções para o seu povo, apesar de haver algumas imperfeições e falhas por parte dos autores.

Como disse certo autor, “uma coisa importante é estabelecer bem o que envolve a expressão “inspirada por Deus” na Bíblia. Será que inspiração envolvia revelação perfeita, um tipo de ditado, com Deus transmitindo palavra por palavra o que deveria ser escrito? Eu penso que a inspiração pode ser encontrada na essência da mensagem. Vou explicar: a palavra inspiração, tanto em grego como em latim, significa basicamente que num primeiro momento a divindade soprou para dentro da mente dos escritores as suas verdades. Na seqüência, esses escritores registraram essa revelação, mas usando os filtros mentais que possuíam, filtros esses formados por conceitos e preconceitos culturais, alguns interesses pessoais e nacionais ou mesmo teológicos. Por esse motivo, eu creio que “inspiração divina” não implica em inerrância ou perfeição”.

Se tivéssemos que acreditar na inspiração verbal de todos os livros da Bíblia, teríamos que ler os textos somente nas línguas grega e hebraica, nas quais eles foram originalmente escritos. Além de tudo isso, muitos textos estranhos foram acrescentados (enxertados) tanto na Bíblia católica quanto na protestante.

VERSÕES DA BÍBLIA 

Existem muitas versões da Bíblia. Mas vou citar apenas as cinco mais importantes. 

A primeira Bíblia é a versão dos judeus, conhecida como Toráh e Tanach. A Toráh é composta pelos cinco primeiros livros de Moisés, também chamado de Pentateuco. A Tanach engloba os demais livros do Antigo Testamento, até Malaquias. Não inclui os 7 apócrifos da Bíblia Católica. 

A segunda Bíblia é conhecida como Septuaginta ou versão dos 70 anciãos judeus de Alexandria, Egito. A Septuaginta é uma versão do Antigo Testamento na língua grega, traduzida entre os anos  250 e 150 a. C. Na verdade, foram 72 eruditos judeus convocados para realizar a façanha. Na Septuaginta foram incluídos os 7 livros apócrifos e mais alguns. Não darei mais detalhe para que o texto não fique muito extenso. 

Alguns eruditos versados em grego do Novo Testamento afirmam que os cristãos primitivos liam com freqüência a versão grega do Antigo Testamento, isto é, utilizavam como fonte de consulta os livros da Septuaginta, pois era mais fácil consultar a Bíblia na língua grega. 

Outros eruditos, principalmente os ligados à Igreja Católica Romana, defendem a tese de que os apóstolos, inclusive Paulo, utilizavam com fonte de consulta a Septuaginta, e que inclusive citaram textos dos livros apócrifos (ou deuterocanônicos) em suas epístolas. Realmente, isso é verdade. Segundo pesquisas, das 350 citações que o Novo Testamento faz dos livros do Antigo Testamento, 300 concordam perfeitamente com a versão dos Setenta, inclusive quanto às diferenças com o hebraico. Não vou citar os casos para que o texto não fique demais extenso.

Tendo em vista que os apóstolos citaram textos dos livros apócrifos, os padres católicos tomaram isso como base para afirmar que os apóstolos consideravam inspirados os 7 livros acrescentados na Bíblia católica, que os protestantes chamam de apócrifos. Por essa razão, incluíram os 7 livros apócrifos na Bíblia. São eles: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Baruque, Sabedoria e Eclesiástico, e mais alguns acréscimos ao texto dos livros de Ester (10:4 a 11:1 ou a 16:24) e Daniel (3:24-90; caps. 13 e 14). Esses livros e fragmentos adicionais são chamados de deuterocanônicos, pelos católicos, e de apócrifos, pelos protestantes.

Os Concílios regionais de Hipona (393), Cartago III (397) e IV (419), e Trulos (692), bem como os Concílios Ecumênicos de Florença (1442), Trento (1546) e Vaticano I (1870), confirmaram a validade dos deuterocanônicos do Antigo Testamento, baseando-se na autoridade dos Apóstolos e da Sagrada Tradição.

Sei que os padres católicos têm suas objeções para alegar a veracidade da Bíblia Septuaginta. E inclusive muitos eruditos protestantes são levados a acreditar na versão da Septuaginta, por causa de testemunhos dos pais da Igreja. No entanto, encontrei um artigo bem esclarecedor do Dr. Samuel C. Gipp, no qual refuta com veemência a existência da Bíblia Septuaginta. Este autor é um inflexível defensor da Bíblia King James, que falarei mais na frente. O texto está na Internet e é um pouco extenso, mas tenho que citá-lo:

“Primeiramente vamos definir o que supostamente seja a Septuaginta. Um antigo documento chamado “A Carta de Aristeas” revelava um plano de se fazer uma tradução OFICIAL da Bíblia hebraica (Velho Testamento) para o Grego. Essa tradução deveria ser aceita como a Bíblia oficial dos Judeus,  e deveria substituir a Bíblia hebraica. Supostamente essa obra de tradução seria executada por 72 eruditos judeus (?), seis de cada uma das 12 tribos de Israel. A suposta localidade para a realização dessa obra seria Alexandria, Egito. A suposta data da tradução seria aproximadamente 250 a.C, no período (Interbíblico) dos 400 anos de silêncio entre o encerramento do Velho Testamento (397 a.C)  até o nascimento de Cristo (4 d.C), já que houve um erro de cálculo no calendário romano.

A obra ficou conhecida com o nome de SeptuagintaLXX –  (significando 70 anciãos) e recebeu a numeração em algarismos romanos (?), visto como L = 50. X = 10. X = 10, daí ter a sigla LXX. Só não sabemos por que não foi LXXII. (?) 

Esta assim chamada “Carta de Aristeas” é a única prova da existência desse  documento místico.  Não existe, de modo algum, qualquer documento grego conhecido como escrito em 250 a.C. Também na história judaica não há registro algum de que tal obra tivesse sido programada  ou executada. 

Quando pressionados a mostrar evidência concreta da existência desse documento, os eruditos logo apontam a ”Hexapla” de Orígenes, a qual foi escrita aproximadamente em 200 d.C, ou seja, 450 anos depois que a Septuaginta “teria sido” escrita e mais de 100 anos após ter sido concluído o Novo Testamento. A segunda coluna da “Hexapla” contém a tradução grega do Velho Testamento feita pelo próprio Orígenes (jamais dos 72 eruditos judeus), incluindo livros espúrios, como “Bel e o Dragão”, “Judite”, “Tobias” e outros livros apócrifos aceitos como canônicos somente pela Igreja Católica Romana. 

Os apologistas da invisível Septuaginta tentarão argumentar que Orígenes não traduziu o livro do Hebraico para o Grego, mas apenas copiou a Septuaginta na segunda coluna da sua “Hexapla”. Será válido esse argumento? Não. Se o fosse então significaria que aqueles 72 espertos eruditos judeus teriam acrescentado os livros apócrifos à sua obra, mesmo antes deles terem sido escritos. (!) Ou então que Orígenes tomou a liberdade de acrescentar esses livros espúrios à santa Palavra de Deus (Apocalipse 22:18). 

Desse modo, vemos que a segunda coluna da “Hexapla” é apenas uma tradução pessoal clandestina de Orígenes do Velho Testamento  do Hebraico para o Grego. 

Eusébio e Filo, ambos de caráter duvidoso, fazem menção de um Pentateuco Grego, mas não de todo o Velho Testamento, não o mencionando de modo algum como tradução oficialmente aceita. 

Existe ALGUM manuscrito grego do Velho Testamento ANTES de Cristo? Sim. Existe uma disputada minuta datada de 150 a.C – o papiro de Ryland # 458. Ele contém os capítulos 23-28 de Deuteronômio, apenas isso. De fato a existência desse fragmento foi o que levou Eusébio e Filo a admitir que todo o Pentateuco havia sido traduzido por algum escriba, num esforço de interessar os gentios na história dos Judeus. Muito provavelmente ele não seria uma parte de qualquer suposta tradução oficial  do Velho Testamento para o Grego. Podemos ficar certos de que esses 72 eruditos judeus supostamente escolhidos para realizar a obra em 250 a.C não passam de uma alucinação febril do ano 150 d.C. 

Além disso, não existe qualquer razão para se crer que essa tradução tenha sido realizada algum dia, pois existem lacunas que  a “Carta de Aristéas”, a “Hexapla” de Orígenes, o Papiro de Ryland  # 458,  Eusébio e Filo jamais puderam esclarecer. 

A primeira delas é a própria “Carta de Aristéas”. Existe alguma dúvida entre os eruditos de hoje de que ela tenha sido realmente escrita por alguém com o nome de Aristéas. De fato, alguns até acreditam ter sido Filo o verdadeiro autor da mesma. Isso lhe daria uma data depois de Cristo. Se assim aconteceu, então o objetivo real da mesma seria enganar os crentes, levando-os a pensar que a segunda coluna da “Hexapla” de Orígenes é uma cópia da Septuaginta. Se isso é verdade, então trata-se de uma façanha “bem engendrada”. Contudo, se realmente existiu um Aristéas, ele deve ter enfrentado dois problemas incomensuráveis: 

Primeiro: Como poderia ter ele conseguido localizar as 12 tribos de Israel, a fim de apanhar seis eruditos judeus de cada tribo? Tendo sido completamente espalhadas por muitas derrotas e cativeiros, as linhas das tribos de há muito haviam se dissolvido em virtual inexistência. Seria impossível para qualquer pessoa identificar individualmente as 12 tribos. 

Segundo: Caso as 12 tribos pudessem ter sido identificadas, elas jamais iriam concordar com essa tradução, por duas fortíssimas razões: 

1. Todo Judeu sabia que a encarregada oficial da Escritura  era a tribo de Levi, conforme evidenciado em Deuteronômio 17:18; 31:25-26 e Malaquias 2:7. Desse modo, nenhum judeu de qualquer das outras 11 tribos iria se atrever a se juntar e esse empreendimento proibido. 

2. É óbvio para qualquer leitor da Bíblia que os Judeus deviam permanecer completamente separados das nações gentílicas que os rodeavam. A eles foram entregues práticas diferentes, como a circuncisão, a guarda e o culto aos sábados, diversas leis de purificação e sua terra de habitação. Além disso, havia a herança da língua hebraica. Mesmo hoje em dia, os Judeus praticantes que residem na China e na Índia recusam-se terminantemente a ensinar a seus filhos outra língua, além do Hebraico. Os Judeus “falasha”, da Etiópia, se distinguem das muitas tribos desse país pelo fato de conservarem zelosamente sua língua de origem como prova de sua herança judaica. 

Seríamos tão ingênuos a ponto de acreditar que os Judeus, que consideravam os gentios apenas como cães, iriam abandonar voluntariamente sua herança, a língua hebraica por uma língua gentílica para a qual seria traduzido o seu tesouro mais santo – a Bíblia? Tal suposição é tão insana quanto absurda. 

Então, alguém poderia indagar, “o que dizer das inúmeras citações do Novo Testamento, atribuídas à Septuaginta?“ A Septuaginta de que falam é nada mais que a segunda coluna da “Hexapla” de Orígenes. As citações do Novo Testamento não são oriundas de qualquer Septuaginta ou “Hexapla”. Elas são da autoria do Espírito Santo (AQUI DISCORDO DO AUTOR, PORQUE ELE APELA PARA A FÉ CEGA), que tomou a liberdade de citar a sua obra no Velho Testamento, do modo como Ele bem desejou. E podemos descansar na certeza de que Ele jamais citaria uma Septuaginta que não existe. 

Agora resta mais uma pergunta: Por que, então, os eruditos têm tanta pressa em aceitar a existência da Septuaginta, apesar de tantos argumentos irrefutáveis contra a mesma? A resposta é triste e simples. 

O Hebraico é uma língua extremamente difícil de se aprender. Muitos anos de estudo são exigidos, a fim de que se consiga aprendê-la, e muitos anos mais para que se possa chegar a conhecê-la tão bem a ponto de transformá-la em veículo de pesquisa. 

Por outro lado, um conhecimento médio do Grego é facilmente conseguido. Desse modo, caso houvesse uma tradução oficial do Velho Testamento  em Grego, os críticos da Bíblia poderiam triplicar o seu campo de influência da noite para o dia, sem queimar as pestanas em penoso estudo do Hebraico bíblico. Infelizmente, a aceitação da Septuaginta, mesmo com evidência tão fraca, está embasada exclusivamente no orgulho e na voracidade desses “eruditos”. 

Agora, pare e pense. Mesmo se um espúrio documento como a Septuaginta realmente existisse, como poderia um crítico da Bíblia o qual ao referir-se à Bíblia King James,  afirma que “nenhuma tradução tem a mesma autoridade da língua original”, e ao mesmo tempo “afirmar que a sua estimada Septuaginta tem a mesma autoridade do original Hebraico?” Essa linguagem dupla dos “eruditos” não passa de uma autoridade de auto-exaltação, no esforço de conservar a sua posição erudita, colocando-se acima daqueles que “não são eruditos nas línguas originais”. 

Para quem aceita argumento desse tipo, coloco à venda a ponte de Brooklin! 

Vi no doutor Samuel C. Gipp muito radicalismo. Na sua defesa da Bíblia King James mostra-se muito arrogante, e chega a dizer que a versão da Bíblia King James é a mais correta e verdadeira. 

A terceira Bíblia é a Vulgata, de São Jerônimo. Este grande erudito católico traduziu a Bíblia para o Latim Vulgar, entre fins do século IV e início do século V, a pedido do Papa Dâmaso I. A Vulgata de Jerônimo inclui os 7 livros apócrifos. 

São Jerônimo foi muito sincero em admitir que sua tradução poderia conter alguns erros, pois ele se baseou na Bíblia versão dos 70 ou Septuaginta para fazer a tradução para o Latim, pois tinha pouco conhecimento da língua hebraica. Ou seja, Jerônimo tinha dificuldade para traduzir diretamente dos textos originais hebraicos. Até hoje a Bíblia Vulgata ainda é muito usada e respeitada pela Igreja Católica. 

Segundo diz uma fonte, “após o Concílio Vaticano II, por determinação de Paulo VI, foi realizada uma revisão da Vulgata, sobretudo para uso litúrgico. Esta revisão, terminada em 1995, e promulgada pelo Papa João Paulo II em 25 de abril de 1997, é denominada Nova Vulgata”. 

A quarta Bíblia mais importante é a King James ou Versão do Rei Tiago, cuja tradução foi autorizada pelo rei James (Jaime ou Tiago) da Inglaterra, em 1611, em benefício da Igreja Anglicana. 

Segundo a Wikipédia, “pode-se dizer que a Bíblia do rei James traz uma resignificação para a Bíblia no período; até então livro o qual poucos obtinham acesso para leitura, sua tradução e barateamento de custo, com a subseqüente distribuição em larga escala, causa um fenômeno novo dentro do cristianismo: a Bíblia passa a ser lida pela população. Até hoje esta versão da Bíblia é respeitada entre todos os cristãos, sendo que até existem grupos que consideram-na a melhor tradução já feita até hoje da Bíblia”.

A Bíblia King James inicialmente incluía os livros apócrifos da Septuaginta, só que eles vinham intercalados entre o Antigo e o Novo Testamento e a leitura dos mesmos era apenas em razão do seu valor histórico, nunca como escrituras inspiradas. 

Muitos críticos da Bíblia King James afirmam que a mesma contém centenas de erros de tradução e que já sofreu várias revisões desde 1611. Porém, o  Dr. Samuel C. Gipp, ferrenho defensor da King James afirma que não houve revisões, mas, sim, reedições da mesma. 

Segundo o Dr. Samuel C. Gipp, “tem havido várias edições, mas não revisões. Umas das defesas mais desesperadas de um crítico da  Versão Autorizada de 1611, seriamente abalado é o engano da revisão. “Eles correm para essa  aparente fortaleza, numa tentativa de lançar mão de uma última derrota de seus oponentes, que venceram seus fracos argumentos com fatos históricos, evidência manuscrita e as óbvias obras do Espírito Santo. Logo que entram, eles se voltam autoconfiantes contra os seus oponentes e indagam com olhar complacente: Qual a Bíblia King James que você usa, a de 1611, de 1629 ou de 1769?” O choque desse ataque e a confusão momentânea daí resultante, dão em geral o tempo necessário para escapar. Infelizmente, ao entrarem em seu castelo e fechar a porta atrás deles, descobrem que a sua fortaleza foi destruída, tijolo por tijolo, por um homem com o título de Dr. David F. Reagen. Dr. Reagen pastoreia o Trinity Baptist Temple, (Templo Batista da Trindade) em Knoxville, Tenessee. Ele escreveu uma tese devastadora sobre as primeiras edições da Bíblia King James intitulada “A Versão King James de 1611.  O mito das Revisões Primitivas”. 

Perguntado de onde vêm os manuscritos da Bíblia, o Dr. Samuel responde que a maior parte dos manuscritos bíblicos existentes se divide em duas “famílias”. Estas famílias são em geral representadas por duas cidades: Alexandria (Egito) e Antioquia (Síria). Segundo ele, as duas Bíblias, em forma de  manuscrito, e suas respectivas ideologias, se originaram em dois lugares do Oriente Médio, completamente diferentes: Alexandria (Egito) e Antioquia (Síria).  

O Dr. Samuel C. Gipp chega a admitir (arrogantemente) que a Bíblia King James é a versão mais perfeita, e que os grandes homens que usam as demais versões estão em sujeição à Bíblia perfeita. Cada maluco com suas ideologias! 

Apesar das defesas do Dr. Gipp, os críticos modernos são ferrenhos em admitir que a Bíblia King James contém muitos erros de tradução. 

A quinta Bíblia mais importante é a Revised Standard Version (RSV) de 1952, publicada inicialmente em inglês. A Bíblia Versão Padrão Revisada foi feita por 32 estudiosos cristãos da mais alta eminência apoiados por cinqüenta denominações cristãs. 

Veja o que diz uma fonte sobre a Bíblia Versão Padrão Revisada: 

Todas as “versões” da Bíblia anteriores à versão revisada de 1881 dependiam das “Cópias Antigas” (aquelas que datavam de quinhentos a seiscentos anos depois de Jesus). Os revisores da Versão Padrão Revisada (Revised Standard Version – RSV de 1952 foram os primeiros estudiosos bíblicos a terem acesso às “cópias MAIS antigas” que datam de trezentos a quatrocentos anos depois de Cristo. É lógico supormos que quanto mais próximo um documento é da fonte, mais autêntico ele é. Vejamos qual é a opinião da cristandade com relação à versão mais revisada da Bíblia (revisada em 1952 e novamente em 1971):

“A melhor versão que foi produzida no século atual” – (jornal da Igreja da Inglaterra).

“Uma tradução completamente nova por estudiosos da mais alta eminência” – (suplemento literário do Times).

“As características muito amadas da versão autorizada combinadas com uma nova precisão de tradução” (Life and Work).

“A versão mais precisa e próxima do original” – (jornal “The Times).

Os próprios editores (Collins) mencionam na página 10 de suas notas:

“Esta Bíblia (RSV) é o produto de trinta e dois estudiosos assistidos por um comitê consultivo representando cinqüenta denominações”

Vejamos o que esses trinta e dois estudiosos cristãos da mais alta eminência apoiados pelas cinqüenta denominações cristãs têm a dizer sobre a Versão Autorizada, ou como é mais conhecida, a Versão do Rei Jaime (Versão King James).  No prefácio da RSV de 1971 encontramos o seguinte:

“… Ainda assim a Versão do Rei Jaime tem DEFEITOS GRAVES…”

Prosseguem nos prevenindo que:

“… Esses defeitos SÃO TANTOS E TÃO SÉRIOS que requerem uma revisão”

As Testemunhas de Jeová em sua revista “DESPERTAI!” datada de 8 de setembro de 1957 publicou a seguinte manchete: “50.000 Erros na Bíblia” onde diziam “…existem provavelmente 50.000 erros na Bíblia… erros que se infiltraram no texto bíblico… 50.000 erros sérios…”.   

Existem diversas versões da Bíblia em várias línguas, inclusive várias na língua portuguesa. Porém, muitas dessas versões foram baseadas em outras traduções, não nos originais. 

Temos, por exemplo, a Bíblia de Genebra, traduzida por um grupo de protestantes que haviam fugido da Inglaterra para Genebra, na Suíça. A tradução foi sendo concluída parcialmente, entre 1557 e 1576. A Bíblia de Genebra foi a primeira versão em Inglês em que todo o Antigo Testamento foi traduzido diretamente do hebraico. Mas isso não significa que não havia erros nessa versão. Uma fonte diz que a Bíblia de Genebra manteve-se popular entre os puritanos e permaneceu em uso difundido até após a Guerra Civil Inglesa. 

Temos a Bíblia de Lutero, traduzida para o alemão e lançada em 1534. Martinho Lutero traduziu o Novo Testamento para o Alemão, a fim de que as pessoas do “Sacro Império Romano-Germânico” tivessem mais acesso aos ensinos de Paulo e dos Evangelhos. Baseou-se na segunda edição do Novo Testamento grego de Erasmo de Roterdã (1519). 

Martinho Lutero (1483-1546), querendo contestar a Igreja, resolveu adotar o Cânon dos judeus da Palestina, deixando de lado os 7 livros deuterocanônicos que a Igreja recebera dos judeus de Alexandria. Alguns pesquisadores afirmam que Lutero traduziu os livros deuterocanônicos (apócrifos), mas não os incluiu em sua Bíblia. 

No Prólogo do Novo Testamento de 1546 (Bible VI, 10), Lutero disse: “Deve-se distinguir entre livros e livros. Os melhores são o Evangelho de São João e as Epístolas de São Paulo, especialmente aquelas aos Romanos, aos Gálatas e aos Efésios, e a 1ª Epístola de São Pedro; estes são os livros que te manifestam a Cristo e te ensinam tudo o que precisas para a salvação, ainda que não conheças nenhum dos outros livros. A Epístola de São Tiago, diante destas, nada mais é que palha, pois não apresenta nenhuma marca evangélica”. Lutero ainda negou que a Epístola aos Hebreus pertencesse a Paulo. Sobre a Epístola de Judas, disse que era um extrato da Epístola de Pedro e, que era desnecessária. Sobre o Apocalipse, expressou sua rejeição, pois não aceitava que Cristo agisse como um juiz severo: “Não encontro neste livro nada que seja apostólico, nem profético”, disse (Bible VII, 404). 

Ainda sobre o Apocalipse disse: “(…) minha mente não leva marcas de caráter apostólico ou profético… Cada qual pode formar seu próprio juízo sobre este livro; pelo que a minha concerne, tendo tal aversão ao mesmo, que para mim, esta é razão suficiente para recusá-lo” (Martinho Lutero – Sammtliche Werke, 63, Págs. 169-170). 

Sobre a tradução da Bíblia em português, de João Ferreira de Almeida, a Wikipédia nos diz o seguinte: 

A tradução feita por João Ferreira de Almeida é considerada um marco na história da Bíblia em português porque foi a primeira tradução do Novo Testamento a partir das línguas originais. Anteriormente supõe-se que havia versões do Pentateuco traduzidas do hebraico.

Ele já conhecia a Vulgata, já que seu tio era padre. Após converter-se ao protestantismo aos 14 anos, Almeida partiu para a Batávia. Aos 16 anos traduziu um resumo dos evangelhos do espanhol para o português, que nunca chegou a ser publicado. Em Malaca traduziu partes do Novo Testamento também do espanhol.

Aos 17, traduziu o Novo Testamento do latim, da versão de Theodore Beza, além de ter se apoiado nas versões italiana, francesa e espanhola.

Aos 35 anos, iniciou a tradução a partir de obras escritas no idioma original, embora seja um mistério como ele aprendeu estes idiomas. Usou como base o Texto Massorético para o Antigo Testamento e uma edição de 1633 (pelos irmãos Elzevir) do Textus Receptus. Utilizou também traduções da época, como a castelhana Reina-Valera. A tradução do Novo Testamento ficou pronta em 1676.

O texto foi enviado para a Holanda para revisão. O processo de revisão durou 5 anos, sendo publicado em 1681, e teve mais de mil erros. A razão é que os revisores holandeses queriam harmonizar a tradução com a versão holandesa publicada em 1637. A Companhia das Índias Orientais ordenou que se recolhesse e destruísse os exemplares defeituosos. Os que foram salvos foram corrigidos e utilizados em igrejas protestantes no Oriente, sendo que um deles está exposto no Museu Britânico. Após sua morte foram detectados 1.119 erros de tradução.

O próprio Almeida revisou o texto durante dez anos, sendo publicado após a sua morte, em 1693. Enquanto revisava, trabalhava também no Antigo Testamento. O Pentateuco ficou pronto em 1683. Há uma tradução dos Salmos que foi publicada em 1695, anexo ao Livro de Oração Comum, anônima, mas atribuída a Almeida. Almeida conseguiu traduzir até Ezequiel 48:12 em 1691, ano de sua morte, tendo Jacobus op den Akker completado a tradução em 1694.

A tradução completa, após muitas revisões, foi publicada em dois volumes, um 1748, revisado pelo próprio den Akker e por Cristóvão Teodósio Walther, e outro em 1753. Em 1819, a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira publica uma 3ª edição da Bíblia completa, em um volume.

O trabalho de João Ferreira de Almeida é para a língua portuguesa o que a Bíblia de Lutero é para alemã, a King James Version para a inglesa e Reina-Valera é para a espanhola. No entanto, a única tradução moderna em Português, que utiliza os mesmos textos-base em grego e hebraico que foram utilizados por João Ferreira de Almeida, é a versão Almeida Corrigida Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil. As demais traduções modernas, embora utilizem o nome “Almeida”, como a Almeida Revista e Atualizada e Almeida Revista e Corrigida baseiam-se em maior ou menor grau nos manuscritos do chamado Texto Crítico, que passou a ser utilizado somente a partir do século XIX. Teófilo Braga, ao comentar sobre a versão original de Almeida, disse: “É esta tradução o maior e mais importante documento para se estudar o estado da língua portuguesa no século XVIII.” 

Sobre a Bíblia traduzida por Antônio Pereira de Figueiredo a Wikipédia diz o seguinte:

Devido à Inquisição, houve poucos esforços na Igreja Católica para a produção de uma tradução bíblica em língua portuguesa. António Pereira de Figueiredo, padre português, começou o projeto de tradução da Bíblia em português. Era baseado na Vulgata e levou 18 anos para ser completada. Essa tradução só foi possível graças ao enfraquecimento e desativação da Inquisição.

O Novo Testamento foi publicado entre 1778 e 1781 em seis volumes. O Antigo Testamento foi publicado entre 1782 e 1790 em 17 volumes. A versão em sete volumes, que é considerada padrão, foi publicada em 1819, sendo que a versão em volume único foi publicada em 1821.

Por ser uma versão com português mais recente, foi considerada melhor que a de Almeida, apesar de não ter sido baseado nos idiomas originais. Nota-se que foi a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira que editou as revisões de 1821 (completa) e 1828 (sem os deuterocanônicos). A Sociedade Bíblica de Portugal foi fundada em 1835 e distribuiu essa, além da versão de Almeida. Teve boa acolhida entre católicos e protestantes.

Segundo a Wikipedia, “a tradução de toda a Bíblia em outras línguas foi considerada um divisor de águas na história intelectual da Humanidade. Cronologicamente temos: em francês, publicada em 1528 por Jacques Lefevre d’Étaples (ou Faber Stapulensis); em espanhol: publicada na Basiléia em 1569 por Casiodoro de Reina (Biblia del Oso); em tcheco publicada em Kralice entre 1579-1593; em inglês: Bíblia do rei James, publicada em 1611; em neerlandês: the States Bible, em 1637”.

Concluindo, as demais versões da Bíblia em português que existem atualmente são apenas cópias baseadas nas versões de João F. de Almeida e na Versão Internacional Revisada. 

Por exemplo, as bíblias Dake, a Thompson, a Batalha Espiritual e Vitória Financeira, etc, são apenas reedições das versões anteriores, contendo comentários voltado para o assunto e o público para qual elas se destinam. Outras contêm dicionário bíblico, chave bíblica, mapas e tabelas. 

Muita gente reclama de algumas versões que vem sendo ultimamente lançadas, que não trazem prefácio e nem comentários sobre o histórico dos livros e seus autores, e também não incluem o mais importante, que são as referências de concordância no rodapé. 

A verdade é que as versões da Bíblia, lançadas atualmente, estão servindo mais para comércio que para a evangelização do povo. 

Os evangélicos são o único ramo do cristianismo que fazem comércio descarado da Bíblia. Os muçulmanos não permitem que se faça comércio com o Alcorão. Acredito que nenhuma versão da Bíblia deveria ser vendida, exceto aquelas bíblias de luxo. Simplesmente anexam à Bíblia comentários, estudos, dicionários só para depois vendê-la com preço exorbitante. Isso tudo deveria ser vendido separadamente. 

A minha Bíblia de estudo é a Versão Revisada da Tradução de João Ferreira de Almeida, de Acordo com os Melhores Textos em Hebraico e Grego, publicada pela JUERP – Imprensa Bíblica Brasileira, em 1988. Nesta versão estão incluídos no apêndice uma Concordância Bíblica ou Chave Bíblica, um Conciso Dicionário Bíblico e alguns mapas. Possui em toda a sua extensão as referências bíblicas no centro das páginas e algumas anotações no rodapé. Existem ainda colchetes entre os textos que foram enxertados na Bíblia, que não se encontram nos manuscritos mais aceitos.

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Ainda estou redigindo a segunda parte deste post, que trará muita polêmica, mas, também, esclarecerá muitas dúvidas de crentes e estudantes neófitos da Bíblia.

14 respostas para CONTRADIÇÕES DA BÍBLIA

  1. Achei muito interessante e bem explicado.
    entretanto, duas observações:
    Espiritismo não é seita, é doutrina;
    “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e “O Livro dos Espíritos”. são livros esclarecedores desta doutrina.

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  2. Muitos são aqueles que por curiosidade , por indignação, por obstinação, até mesmo para justificar suas opiniões por não acreditarem em um ser supremo, tem mudado de opinião, quando este busca provar que os demais estão errados. Através da ciência se provaram muitas coisas , onde se observou causas e efeitos , e muitas são as leis que foram descobertas a parti dessas experiências.
    Devemos ter um certo conhecimento aprofundado dos fatos para montarmos nossa opinião , não se baseando somente na observação de longe e nas opiniões daqueles que pensam da mesma forma.

    Responda esta pergunta . Você chamaria uma pessoa de ignorante , se ela não acreditasse na LEI DA GRAVIDADE, e que para provar que ela esta certa ela subisse no alto de um prédio e saísse voando.
    Observe o seguinte. Mesmo que ela não acredite nesta LEI e confiasse muito na sua opinião que voaria, ela com certeza iria cair em uma velocidade progressiva até atingir o chão.

    A falta de conhecimento fez ela ter uma opinião errada e ao acreditar e querer provar que estaria certa colocou em risco a sua própria vida.

    Se ao pegarmos um texto antigo , mesmo que este passe pelo teste do carbono , demostrando a quando tempo ele foi escrito ou copiado, não nos garante se ele é um documento original ou uma copia, e sendo uma copia se o mesmo não teria sido modificado. Fato é que ao estudar manuscritos bíblicos antigos vários pesquisadores tentando demostrar que eram eles textos frutos da mentes humanas revelou que as profecias que se cumpriram descritas nos textos , obedeceram em 100% de quando estas foram escritas, outros dados muito relevantes foi o tempo e os lugares onde ocorreram. A busca pela língua nativa e a cultura da época se tornam muito importante para a formação de uma opinião.
    Somos pessoas inteligentes , e o fato de não observarmos alguns critérios faz de nossa opinião
    rejeitada em qualquer comunidade, mesmo que esta tenha sentido.
    Diz um dito popular que, toda unanimidade é burra, pensando nisto quantas injustiças foram cometidas, por não se aterem aos fatos mais sim as opiniões.
    Espero que estas palavras estimule a você pesquisar mais e mais.

    Eu creio nos textos bíblicos.
    E mesmo que você não acredite ,a sua opinião não irá interferir naquilo que esta por acontecer.
    Se você estiver do lado certo , você descobriu o que é ter fé.
    Se você estiver do lado errado…

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  3. vanessa sapucaia disse:

    pr.lauro henchen,conhece lucy cléia henchen? acho q sim. aguardo contato…vanessasapucaia@live.com 92 81972248

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  4. marcelo disse:

    muito interessante,pela tua coragem,vc irá aceitar um debate com um teólogo.

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  5. marcio disse:

    bando de panacas, tentando provar que há contradições na biblia, gente é uma questão de fé , se ele quer acreditar em papai noel que acredite, amuleto , xico xavier,porem eu e minha casa serviremos ao senhor.

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    • PR PEDRO PAULO MAMPRIM disse:

      Olá. As coisas espirituais só se dicernem espiritualmente. Se você for usar a lógica humana para compreender os princípios de Deus, você vai ficar sempre no escuro. Primeiro, procure ter uma comunhão real com Deus, e aí o Espírito Santo tudo lhe esclarecerá. Que Deus te Abençoe!

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  6. SERÁ QUE VOCE DIRA QUE JOÃO 3-16 É UMA FRAUDE ?
    SERÁ QUE EXISTE ALGUÉM TÃO SÁBIO A PONTO DE CONTESTAR ?
    O MAIS SÁBIO FOI SALOMÃO,O QUE DIZER DOS OUTROS ATE HOJE!!!
    OUTROS DIZEM QUE TIVERAM REVELAÇÕES E ESCREVERAM OUTROS
    TESTAMENTOS.COMO SABER QUE ESTAS REVELAÇÕES,NÃO SÃO FALSAS?
    PRA MIM JOÃO 3/16 JA ESTA DE BOM TAMANHO.
    NÃO CONFIO NOS HOMEM,ELES FAZEM COIZAS TRI ESTRANHAS,
    SINTO MUITO !!!

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  7. אבני דרך - Marcos disse:

    Que o amor do criador esteja convosco!
    No que diz respeito aos seus comentarios, é louvavel dizer que buscar a verdade sobre um assunto tão polêmico nos traz cada vez mais indagações sobre este assunto.
    Porem fica lúcido que existe muitas perguntas que precisam de respostas, e que se ninguém for de encontro a elas jamais serão respondidas. Vejo que você tem bases em buscar as respostas para tais indagações, quanto ao nome do criador você asseita que na Biblia ele estaja oculto? Ou que o nome do filho do criador esteja corrompido para jesus? Estas são talvez no meu entender as perguntas mais aterrorizantes para todas as seitas e religiões que usam em suas pregações como base a Biblia. Que possamos buscar nas verdadeiras Escrituras Sagradas respostas para todas as perguntas, sobre a Phesita fiel tradução da lingua Hebraica para o Portugues oque você acha de sua transliteração, seria a resposta?

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  8. Roman disse:

    cont.
     
    Não tenho a intenção de polemizar e/ou desmerecer alguém. Poderia descrever dezenas de linhas referentes aos erros e sofismas neste e nos demais artigos apresentados aqui como “verdade suprema” em detrimento das Sagradas Escrituras conforme o entendimento dos autores das obras, porém, como já dito, não tenho o propósito de discutir, além do mais, seria perda de tempo.
     
    Peço licença a Donald Miller para utilizar sua frase com alguns ajustes: “Meu mais recente esforço de fé não é do tipo intelectual. Eu realmente não faço mais isso. Mais cedo ou mais tarde você simplesmente descobre que existem que não acreditam em Deus e vivem querendo provar que Ele não existe e outras que acreditam em Deus e querem provar que Ele existe – e a esse ponto a discussão já deixou há muito de ser sobre Deus e passou a ser sobre quem é mais inteligente; honestamente, não estou interessado nisso.”
     
    É bem verdade o que autor do texto diz: “A Bíblia não é a Palavra de Deus, mas sim CONTÉM AS PALAVRAS DE DEUS.”
     
    Quanto à fé, quem a tem que guarde bem ela.

    Grato.

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  9. Roman disse:

    Shalom Maleh,
     
    Data máxima vênia, é necessário aos gentílicos possuírem o amplo domínio sobre os idiomas hebraico e aramaico, com o devido cuidado dos sinais massoréticos. Também são necessários ESTUDOS mais aprofundados a favor do assunto.
     
    É evidente que o autor do texto se influenciou por sites de “cientistas” ateus, que, sejamos sinceros, não gozam de nenhum prestigio absoluto dentro da própria comunidade científica, visto que nela existem divergências sobre a TEORIA de Darwin.
     
    Assim como o autor do texto, deixo alguns sites para ele estudar e, quem sabe, se motivar e fazer um texto sobre artigos científicos, como a TEORIA da evolução das espécies. Vendo a tamanha disposição do autor em “desmascarar” as Escrituras Sagradas, acredito que ele vai comprovar a “autoridade científica”, o caráter e a moral dos autores dos blogs “científicos” citados por ele.
     
    Sites:
     
    http://pos-darwinista.blogspot.com/2006_01_01_archive.html (início)
     
    http://darwinleaks.blogspot.com/
     
    Matéria:
    Darwin e o misterioso Mr. X: a origem verdadeira do Origem das Espécies
     
    Embora tenha falecido há 150 anos atrás, Charles Darwin, mais conhecido como o autor do Origem das espécies (1859), ele ainda é assunto regular de livros, programas de TV, artigos de revistas e, é claro, websites.
     
    Mas quais são as origens verdadeiras do Origem das espécies? Foi resultado exclusivo das pesquisas de Darwin, ou outras influências estavam em ação?
     
    Por que Charles Darwin levou mais de 20 anos para publicar suas ideias sobre a evolução? E o que realmente motivou Darwin a escrever finalmente sua magnum opus?
     
    Esta história não é apenas de um homem, mas de quatro: Charles Darwin, Edward Blyth, Charles Lyell e Alfred Wallace
     
    Cada um deles desempenhou um papel crucial no desenvolvimento, e na publicação eventual do Origem das espécies, mas talvez não aqueles papeis com os quais você está familiarizado.
     
    Saiba mais sobre o lado cinzento de Darwin e outros evolucionistas que a historiografia mainstream não quer que você saiba lendo:
     
    Darwin and the Mysterious Mr. X, de Loren C. Eiseley (1907-1977), um antropólogo evolucionista, e o site Charles Darwin – The Truth?, de Andrew Bradbury, professor aposentado de história.
     
    Faça download gratuito do livro The Darwin Conspiracy, de Roy Davies, sobre a acusação que pesa até hoje de que Darwin plagiou as idéias de Alfred Russel Wallace sobre a seleção natural, forçando-o a escrever o longo abstract que ficou conhecido como Origin of species.
     
    O autor do artigo alega que o livro de apocalipse é de cunho esotérico, baseando-se nas declarações dum outro autor, que correlaciona a visão dos animais ao misticismo grego, romano ou egípcio, OCULTANDO o FATO do judeu Daniel ter visto animais “místicos” (ironizando). Um texto cheio de sofisma.

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  10. Pingback: Contradições da Bíblia: dica de artigo « Uma Cristã Curiosa

  11. Ariel disse:

    Ola , graças a Desus por esse seu texto, o Senhor continue a te abençoar . agora por favor voce poria me explicar esse pequeno trecho:

    O Cânon da Bíblia não devia ter sido fechado definitivamente, pois, Jesus prometeu o Consolador (Espírito Santo) para revelar, consolar e convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo. E é claro que o Espírito Santo não foi dado até que o apóstolo João escrevesse o Apocalipse, no ano 96 d. C.

    E é claro que o Espírito Santo não foi dado até que o apóstolo João escrevesse o Apocalipse, no ano 96 d. C.

    nao acredito que o Espirito Santo tenha demorado 96 anos ja que o Apocalipse de joao foi o ultimo. por favor emvia-me uma resposta por e-mail.

    *****************
    RESPOSTA PRÉVIA RESUMIDA:

    Não creio que o Espirito Santo inspirou os escritores bíblicos até o ano 96 d.C. com a revelação do Apocalipse a João. Alguns eruditos acreditam que os apóstolos (discipulos) de Jesus tinham mais autoridade e unção (inspiração) para escrever. Porém, devemos observar que Lucas e Marcos não foram discípulos de Jesus e mesmo assim seus escritos foram considerados inspirados. Os livros produzidos posteriormente à morte do último apóstolo (João), já não tinham credibilidade ou inspiração. Por isso foram colocados de fora do Cânon do NT vários livros, entre os quais “O Pastor de Hermas” e o “Didaquê”, livros importantíssimos, fora alguns evangelhos hoje considerados apócrifos, Apocalipse de Pedro, de Elias, etc., foram dezenas de escritos que ficaram fora do Cânon. O Livro de Enoch faz parte do Cânon da Igreja Ortodoxa da Etiópia.

    Existe uma mensagem no Livro do Apocalipse que João ouviu mas foi proibido de escrever (registrar). Ora, essa mensagem, se é importante, ainda será revelada no tempo determinado. E quando for revelada, os crentes não darão crédito, porque os escritos tidos como palavra ou mensagem de Deus já foram dados como encerrados para a humanidade. E isso foi decisão humana precipitada.

    Apesar desse fato, o fechamento do Cânon do NT tem uma vantagem: Evita que milhares de escritos tidos como revelação de Deus sejam cridos como palavra de DEus, e as igrejas estariam mais cheias de heresias e hereges. Já leste os livros da série “Divina Revelação” (do Inferno, do Céu, etc, )? A autora americana garante que foi arrebatada até o inferno, teve visões e foi ordenada a anunciar ao mundo o que ela viu. Já li os tais livros, mas não concordo, de jeito algum, que aquelas coisas sejam reais e sejam revelações de Deus.

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